Apareci para fazer meu post mensal, eu até já fiz um esse mês, mas estava sentindo falta dos meus textos duvidosos.
Como não é só de cinema que vive o homem, eu resolvi postar sobre outra coisa. Não, não falarei de Susana Vieira nem de Madonna. Escreverei sobre aquela outra coisinha que ocupa a maior parte do meu dia, aka, minha profissão.
Pros mais desinformados, eu me formei! Já posso ticar o quadradinho de grau superior completo, e deixar a lenga lenga de ser estudante para traz, agora eu sou publicitária.\o/
PUBLICITÁRIA de primeira, não é Silvia?
Então que uma parte bacana de ser publicitária é ver uma campanha legal dar certo, e nos cativar. E é isso que tem acontecido com a acampanha do Rei do Elogio da Sprite que vem para reforçar o posicionamento " Zero Açúcar, Zero de Enganação" do refirgerante.
Basicamente, o que temos é um personagem, o Rei do Elogio, que adora elogiar tudo e a todos com seus adjetivos no mínimo peculiares. Eu juro que tentei escrever uns aqui, mas tal habilidade não é para todos.
Mas dá pra ouvir e ler os elogios estrogonoficamnete invejáveis no site do Rei do Elogio, onde ele fala, fala, fala, fala e fala um pouco mais no mais kitschs dos recintos.Dá pra baixar os toques de celular, wallpaper e emoticon. Já imaginou ser acordada com alguém falando " Um dia rocambolesco para a menina mais charmosética."
O moço ainda tem um twitter, que eu sigo e recomendo, fico animada toda vez que a janelinha do Firefox sobe com uma mensagem dele, e anoto os elogios novos pra tentar pegar gatinhos na balada depois.
Juro que ninguém vai se arrepender em entrar lá no site, aliás onde mais você encontraria três flamingos rosa looooosho??? na minha casa em Miami, mas isso é outra história.
Continua sendo Acossado a Zelig, então:
- CORRAO ver Vicky Cristina Barcelona. Um dos melhores trabalhos do Woody, my master.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Rei do Elogio
Documentado e sacramentado por Mirele às 09:38 0 diretores frustrados se pronunciaram
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Control
Só vi dois míseros filmes nessa Mostra de Cinema, os dois sobre bandas, os dois no vão do MASP. Os dois me fizeram ouvir loucamente as bandas em questão. E eu recomendo ambos os filmes ( e bandas ) fortemente.
Control
Cine biografia de Ian Curtis, vocalista de Joy Division.
She´s lost control tem que ser uma das melhores músicas do mundo.
O outro fica pra outro dia.
Documentado e sacramentado por Mirele às 12:51 1 diretores frustrados se pronunciaram
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Taxi Driver
Taxi Driver - Martin Scorsese
É incrível como a sociedade contemporânea é obcecada pelos anti-heróis. A literatura, tv e cinema estão povoadas deles, que são imorais, arrogantes, malvados, mas ninguém pode negar que todos têm seu charme.
O cinema dos anos 70 produziu os anti heróis mais memoráveis da história, como o inglesinho fã de ultra violência (fica pra outro post) e um americano revoltado. Hoje a gente fala do americano, Travis Bickle, retratado com perfeição por Robert De Niro em Taxi Driver.
Travis é um cara do interior que decide ganhar a vida em Nova York, e acaba virando taxista, no turno da noite, na Nova York dos anos 70. reflitaok.
É lá que ele convive com gente da pior espécie, "refina" seus conhecimentos sobre a raça humana, e decide tomar justiça com as próprias mãos. Saí em diante, ele dedica seus dias a se preparar para o dia em que irá limpar Nova York de toda a sua sujeira e suas noites a transitar pelos piores becos da cidade.
Vitima do sistema, louco, fruto do ambiente, pode chamar do que quiser, mas Travis não é o primeiro nem o último a sucumbir diante de toda a pressão da cidade grande e sair de tudo isso impune. [ insira aqui sua opinião sobre o final polêmico porque cada um tem a sua e eu nem quero comprar briga com as pessoas que caem aqui procurando fotos do filme Adeus, Lênin].
Um filme magistralmente dirigido por Scorsese, com a presença da menina Jodie Foster e com trilha sonora de Bernard Herrmann, colaborador de Hitchcok.
Mas nada disso teria sentido sem a brilhante atuação de DeNiro:
Documentado e sacramentado por Mirele às 18:21 1 diretores frustrados se pronunciaram
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
O melhor trailler de todos os tempos, para o único filme de suspense que eu acho realmente bom.
Documentado e sacramentado por Mirele às 06:04 1 diretores frustrados se pronunciaram
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Os Incompreendidos
Le quatre cents coups - François Truffaut (1959)
Já que eu estava falando de Paris mesmo, vamos continuar no assunto e partir pra um
dos meus filmes favoritos: Os Incompreendidos, obra-prima do Truffaut, my master.
Algumas coisas sobre esse filme: é considerado o primeiro filme do movimento francês
Nouvelle Vague (sabe aquele do Godard? Godard da música do Renato Russo, ah! vocês entenderam) e é também o primeiro filme do Truffaut, aka, stalker do Hitchcock, mas isso fica pra outro post. O filme é autobiográfico e faz parte de uma coletâna de filmes sobre o mesmo personagem: Antoine Doinel. Os filmes acompanham Doinel desde os 10 anos até o último filme: Amor em fuga ( L´amour en fuite), onde eu calculo que ele tenha seus 30 e poucos anos.
Antoine Doinel é odiado por sua mãe, desprezado por seu padastro e castigado por seu professor, ou seja, tá na merda, resolve morar nas ruas de Paris até conseguir abrigo com um amigo, mas acaba parando num reformatório.
A história em si não é o que mais atrai nesse filme, mas sim a forma como ela é contada. Na Nouvelle Vague o que importa é a realidade e que ela seja retratada de
uma forma correta, a mala do André Bazin até escreveu umas "leis". Então, o tempo morto não é cortado, como a primeira cena na escola, e cenas aparentemente sem importância estão lá, por que afinal no mundo real é assim.
Cena de abertura de " Le 400 coups". Música tema MARAVILHOSA, em Caps Lock mesmo!
As criances fogem da educação física em qualquer país.
Documentado e sacramentado por Mirele às 11:19 2 diretores frustrados se pronunciaram
domingo, 7 de setembro de 2008
Paris, eu te amo
Paris, je t´aime (2006) - vários
Enlouquecida por Paris que eu sou, já assisti a esse filme milhares de vezes, trata-se de uma compilação com 20 curtas sobre a cidade luz.Os curtas contam com a direção de nomes como Gus Van Sant, Cuáron, Wes Craven e Walter Salles.
Como eu sou uma alma caridosa, colocarei os melhores vídeos aqui:
Faubourg Saint-Denis de Tom Tykwer
Curta com Natalie Portman, retrato tocante de uma relação.
Tour Eiffel - Silvia Chomet
Mímicos podem ser legais.
Agora alugue o DVD que tem muitos outros que o YouTube não me permitiu achar.
Mais Paris
Clipe do grupo Snow Patrol para a música Open Your eyes, essa filmagem foi feita por Claude Lelouch em 1976 e faz parte do filme C´etait um rendez-vous. O passeio começao as margens do Sena e termina ao lado da Sacre Coeur em Montmartre. *-*
Documentado e sacramentado por Mirele às 12:03 0 diretores frustrados se pronunciaram
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Annie Hall
Eu poderia fazer um texto gigantesco sobre esse filme, mas eu vou deixar o Woody falar por mim. Com vocês a melhor abertura de um filme:
Documentado e sacramentado por Mirele às 19:27 0 diretores frustrados se pronunciaram
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Na natureza selvagem
Into the Wild (2007) - Sean Penn
Direção competente de Sean Penn, não conhecia muito do trabalho dele, só o curta que representou os Estados Unidos na compilação 11/09.
Atuação ótima de Emile Hirsch tenho crush eterna e quero me casar , paisagens lindas, tomadas maravilhosas, ótimos personagens secundários e trilha sonora todinha feita pelo Eddie Vedder. *-*
A história? Menino decide largar tudo e ir atrás da Natureza Selvagem, queima dinheiro, larga o carro,não dá sinal de vida pra família e passa por lugares inacreditáveis, acampa onde dá, e pede carona até chegar ao Alasca, onde vive três meses no meio do nada, sua única compania são ursos e o ônibus aí da foto. Baseado numa história real, tem fim emocionante e um personagem principal bem construído como nunca antes tinha visto!
Documentado e sacramentado por Mirele às 10:18 0 diretores frustrados se pronunciaram
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A vida dos outros
Ok, vamos fazer uma checklist:
Oscar (check)
História que se passa nos anos comunistas da Alemanha Oriental (check)
Espionagem no melhor estilo 1984 (check)
Ator quarentão bonitão (check)
Escritor bonzinho querendo fazer uso de sua liberdade de expressão mas impedido pelo regime (check)
Escritor quase sendo descobrido algumas vezes (check)
Espião bonzinho com compaixão no coração (check)
Traição e sangue (check)
Final bonitin que faz os olhos encherem de lágrimas (check)
Clichês
Documentado e sacramentado por Mirele às 11:20 0 diretores frustrados se pronunciaram
I´m back, beibe
Esse blog esteve morto por mais de 2 meses, graças ao combo de correria do TCC + férias no interiorrrr + viagem (*-*) + estágio (\o/). Resolvi retomar com isso aqui, mas de uma forma diferente. Não dá mais pra fazer aqueles textos semi-longos de qualidade duvidosa, de hoje em diante trabalharemos assim: foto do filme + razões pra assistir.
Vou tentar postar aqui todos os dias, e vocês tentam entrar aqui eventualmente! \o/
;)
Documentado e sacramentado por Mirele às 05:33 0 diretores frustrados se pronunciaram
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Margot e o casamento
Margot at the wedding (2007) Noah Bymbach
Do mesmo diretor de "A lula e a baleia", que por sua vez foi produzido pelo genial Wes Anderson, diretor de filmes como "Os excêntricos Tennembauns ". Além dos figurões por tras do filme, temos: relações familiares bizarras à beira do caos, mulheres de personalidade forte e controladoras, ótima atuação da Nicole Kidman, complexo de Édipo, praia estilosa da costa leste americana, e o Jack Black!
Documentado e sacramentado por Mirele às 13:03 0 diretores frustrados se pronunciaram
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O escafrando e a borboleta
Sim, ele mesmo. Sabe tudo o que você já ouviu sobre ele? É bem pior!
Documentado e sacramentado por Mirele às 12:58 3 diretores frustrados se pronunciaram
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Sonhado Acordado
Pôster de Science des reves *tudo é mais lindo em francês, né?*
- Mirele, tu viu que o novo filme do Gondry tem o Gael no elenco?
*Mirele - Gaelpegael parece estar offline*
Pois é, surtei. De vez em quando alguma alma iluminada resolve juntar um bocado de coisas muito legais num filme só. Foi o que aconteceu com Sonhando Acordado, que por implicância da escrevente com o Sindicato de Tradução vai passar o post todo chamando o filme de Science of Sleep.
O filme que teve a infeliz missão de proceder o excelente Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, trabalho anterior do diretor, tenho que concordar que Brilho Eterno realmente é superior. Mas as caracteristicas Gondryanas [existe isso? deveria.] estão presentes.
Aqui a memória é trocada pelos sonhos, a narrativa passa a ser linear, mas a qualquer momento você pode se deparar com uma cena de sonho que parece realidade que parece sonho
Ah, eu disse que se passa em Paris e é protagonizado por ninguém menos que Gael Garcia Bernal?
Gael interpreta Stéphane, rapaz que acaba de retornar do México após a morte do pai, para morar em Paris, onde reside sua mãe. Stéphane é o tipico sonhador, a primeira cena já se passa no subconsciente do personagem enquanto ele dá uma receita de sonhos pefeitos. Um belo dia parisiense Stéphane conhece Stéphanie [Charlotte Gainsbourg,não sabe quem é meu bem? joga no google e baixa o CD dela, do pai dela, da mãe dela...], sua nova vizinha. Por motivos desconhecidos por minha pessoa Stéphane não diz que é vizinho de Stéphanie, porém sua ela vira seu objeto de afeto e sonhos. Aqui entra o Gondry que eu conheço e amo, as cenas de sonho são maravilhosas, litruz e litruz de papéis celofanes formam os cenários bem no estilão Gondry de ser, aqui os efeitos especiais de Mente Brilhante ganham reforço de efeitos de "feito em casa", stop motion e tudo mais que o Gondry já usou em seus clipes. Lindo de ver.
Então Stéphane passa a construir o relacionamento deles no seu imaginário [bom e velho amor platônico], e não conseguindo muito bem distinguir o real do sonho acaba dificultando as coisas com a vizinha, mas nada que uma cena fofa ou uma declaração bem feita não possa resolver.
A trilha de Jean Michel Bernard é uma gracinha de meldels. e não se esqueçam, nesse filme tem o Gael vestido de gatinho tocando bateria! Precisa de mais???
Precisa, uma explicação de rudéreu é esse Gondry aí, bom ele dirigiu os clipes mais legais que existem, e adora uma animação computadorizada, e um stop motion, duvida??? Clica em qualquer um dos links pra ver.
Fell in love with a girl - White Stripes
The hardest buttom to buttom - White Stripes
Star Guitar - Chemical Brothers
Documentado e sacramentado por Mirele às 12:41 1 diretores frustrados se pronunciaram
quinta-feira, 17 de abril de 2008


Chique benhê.
Documentado e sacramentado por Mirele às 15:31 0 diretores frustrados se pronunciaram
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Juno
Demorei tanto pra ver esse filme, quanto demorei pra postar aqui denovo, faz quase um mês! [Mas não se preocupem, eu sei que sentem falta de mim, mas aprometi a mim mesma que postarei uma vez por semana, todas as quintas!]
Então, Juno! Ouvi falar muito de Juno antes de assistir, desde amigos, a crítica, todos os olhos estavam nesse filme, e quando eu finalmente assisti, eu pensei: É isso? Não que eu não tenha achado bom, mas talvez todo mundo tenha falado demais, ou eu estava empolgada demais, o que não é nenhuma novidade. Mas, pra quem não viu [tem alguém?]:
Juno trata da gravidez inesperada da espivitada adolescente de 16 anos Juno [!]. O que encanta nessa história, além da trilha sonora fofa de morrer, é como o assunto é tratado com sinceridade, desde a linguagem de Juno [talvez eles tenham exagerado um pouquinho nas gírias], até os sentimentos da menina, e dos em volta dela.
Porque vamos combinar? Não é fácil ter 16 anos, ser diferentona no colégio, e quando você decide experimentar algo novo, você transa com aquele seu amigo legal que te dá bola, e Bomba! Fica grávida. é assim a vida de Juno, que agora tem que lidar também com os futuros pais de seu filho [oO]: a preocupada Vanessa e modernoso Mark, coloca na equação uma crush no futuro papai do seu filho, uma ciumeira danada do pai real e uma família meio treslocada.
Mas Juno mantêm a compostura e consegue esperar pelo melhor! Aliás, ela não ia passar por tudo isso de graça, né? Ela lida com problemas "de gente grande", e confia que no fim tudo dará certo.
Verão mais gorda de Juno
Além da ótima protagonista, o filme conta com momentos muito inspirados: O desabafo com o pai de seu filho, Bleeker: "Você não tem que ficar andando por aí com a prova de que dormiu com alguém", ou o novo apelido do pai: "Oi, versão mais gorda da Juno", ou o montão de Tic Tacs no correio, ou....
Okay, o filme é fofo, e o Michael Cerra também, perfeito pra um domingo.
Agora vou terminar de baixar Arrested Development [série com Michael Cerra, aka, Bleeker e Jason Bateman, aka, Mark]: Baixa a série aqui!
Elenco de Arrested Development: Família feliz reunida!
ps: Vi Tropa de Elite tbm: Overrated!
Documentado e sacramentado por Mirele às 12:25 0 diretores frustrados se pronunciaram
terça-feira, 18 de março de 2008
Cada um com o seu cinema
Hoje, após [mais] uma entrevista mal-sucedida [nem vou agonizar dias esperando o telefone tocar, okay?] resolvi ir ao cinema ver um daqueles filmes que você tem certeza que não vai sair em DVD porque, oras, só tá em cartaz no Cine Bombril.
Trata-se de "Cada um com seu cinema". O filme é um agregado de 33 curtas [de 03 minutos cada] de diretores de todos os cantos do mundo,e o projeto foi feito pra comemorar os 60 anos do Festival de Cannes, e passou lá no ano passado. Todos os filmes tratam de um tema em comum , Cinema [dãaar], mas em especial a relação telespectador-cinema.
Eu realmente gostei, não é todo dia que você vê Lynch seguido de Kar Wai [nem sei se foi nessa ordem], mas 33! 33 cansam. [principalmente com um casal de meia-idade se pegando na fila atrás de você]. Destaques:
Gus Van Sant - First Kiss
Em território conhecido do diretor, ele retrata o primeiro beijo de um jovem
Walter Salles - A 8944 KM de Cannes
Dois pernambucanos cantam sobre o festival.
Roman Polanski - Cinema Erotique
Acredite, é uma comédia. e muito divertida.
Nanni Moretti | (segment "Diaro di uno Spettatore") |
Claude Lelouch - Cienma de Boulevard
A história do diretor através de suas idas ao cinema e os respectivos filmes.
Abbas Kiarostami - Where´s my Romeo.
Lindo! A reação de várias mulheres ao final de Romeu & Julieta
Alejandro González Iñárritu - Anna
Trailler de "Cada um com seu cinema"
Ah, pra assistir o filme só no Cine Bombril que fica no Conjunto Nacional, então antes de ir ver a película [melhor, as películas], passe pela mostra "Magnum - 60 anos" no Espaço Caixa. Fotos de Henri- Cartier Bresson entre outros comemoram os 60 anos da agência Magnum [que ele fazia parte, dãr!]. Muito bom mesmo.
Documentado e sacramentado por Mirele às 14:37 1 diretores frustrados se pronunciaram
sexta-feira, 14 de março de 2008
Valentin

Hoje com dois posts curtinhos, porém necessários [já forcei a amizade com o post de Adeus, Lênin!]


Documentado e sacramentado por Mirele às 16:19 0 diretores frustrados se pronunciaram
terça-feira, 4 de março de 2008
Adeus, Lênin!
A preguiça me fez pegar pedaços de um trabalho que eu fiz e transformar em um post.
Goodbye, Lenin (2003)
Wolfganger Becker
O filme começa com o episódio em que o pai do personagem principal Alex Kerner, deixa a família
Ocidental. Muito abalada, a mãe de Alex, Christine Kerner dedica todo seu tempo a um novo casamento, desta vez com o regime comunista “Como nesse relacionamento não havia sexo, restava-lhe muita energia para nós crianças e o dia-a-dia sob o regime comunista”, diz Alex que além de personagem principal é o narrador da história.
Dez anos se passam e no dia da comemoração dos 40 anos da República Democrática Alemã (
Os problemas de Alex começam quando sua mãe acorda - ela não pode sofrer grandes emoções, pois isso levaria de volta ao coma -, Alex decide então “criar” em seu apartamento a Alemanha Comunista. A partir daí vemos os esforços do filho para que a mãe não descubra a verdade, para isso ele envolve em sua farsa sua namorada, sua irmã e o namorado desta, e também seu colega de trabalho Denis, um aspirante a cineasta que o ajuda a “fazer” reportagens sobre a finada Alemanha Oriental.
O filme trata de um tema delicado, a queda do muro de Berlim. A história é contada a partir dos olhos de um jovem da Alemanha Oriental, que tenta de todas as formas ir contra essa corrente de mudanças. Enquanto todos os alemães orientais queriam mudar, Alex permanece parado no tempo e se possível queria voltá-lo. Há outro tema principal do filme, a relação da mãe com seu filho, nesse filme ela se encontra invertida, já que é o filho que faz todos os esforços para a mãe.
Para retratar esse período único da história o filme se passa inteiramente
Alex encara sempre essas mudanças de forma positiva: “Os ventos da mudança pairavam sobre as ruínas da nossa república. No verão, Berlim era o lugar mais bonito do mundo. Nós estávamos no centro do mundo onde as coisas finalmente estavam acontecendo” e “A vida em nosso país seguia em ritmo acelerado, éramos como átomos num enorme acelerador de partículas. Mas, ao abrigo do ritmo dos novos tempos havia um oásis de calma. Um lugar pacífico onde eu podia dormir.”.
O diretor usou também a Coca Cola para mostrar essa transformação, assim que o muro cai vemos alguns soldados marchando e uma bandeira vermelha, essa bandeira agora não é mais a que representa o comunismo, mas sim da Coca Cola. O vermelho antes a cor do comunismo, passa a representar o capitalismo, através de uma das marcas mais importantes dos Estados Unidos.
A cena mais significativa dessa mudança e também a mais bonita do filme é a aquela
Na sua última reportagem Alex decide que dará um fim digno à República Democrática Alemã, ele pede para o primeiro alemão no espaço, o cosmonauta Segmund Jänh que agora é taxista encenar para ele um discurso:
“... Sabemos que nosso país não é perfeito, mas nossos ideais continuam inspirando pessoas no mundo todo. Podemos ter, às vezes, perdido de visto nossas metas, mas recuperamos nosso foco. O socialismo não visa o isolamento, mas sim ir até outras pessoas, conviver com outras pessoas. Na visa só sonhar com um mundo melhor, mas fazer acontecer. Portanto decidir abrir as fronteiras do nosso país”.
Assim Alex termina a sua “abertura”, de algum modo ele foi dando a notícia aos poucos para como a abertura pretendida por Gorbatchov. Ele faz uma interpretação subjetiva do que era o comunismo e assim constrói sua própria utopia.
[só foi um ctrl c + ctrl v, mas posso dizer que o Daniel é uma delicinha?]
Documentado e sacramentado por Mirele às 11:24 0 diretores frustrados se pronunciaram
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Minha vida sem mim
Aih, o Luke continha um Looosho (L). teenage mode off/
Documentado e sacramentado por Mirele às 18:55 0 diretores frustrados se pronunciaram
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Piaf
Piaf- La Môme (2007)
Oliver Dahan
Oscars 2008. Envergonhada admito que não vi quase nada [nem tão envergonhada assim, porque Oscar é balela e todo mundo sabe]. Vi apenas um, Piaf [e paramos por aqui porque o resto da tradução é muito brega]. Fui por dois motivos: adoro a Edith Piaf [duvida? olha ae meu last.fm], e adoro filmes franceses [duvida? vê os filmes de que eu já falei]. Bom, fui sozinha, numa bela tarde do ano passado, no Reserva Cultural [porque preguiça pouca é bobagem,praticamente só vou no cinema que fica instalado no prédio da minha faculdade].
O filme, é uma cinebiografia da cantora francesa, Edith Piaf [na realidade: Édith Giovanna Gassion, Piaf é passáro em francês, uma referência à sua voz poderosa, e ao seu tamanho ]. A história é contada de forma não linear , entrelaçando os momentos de sua vida com performances [Marion Coutillard, que interpretou Piaf e ganhou o Oscar não canta de fato as músicas. É tudo Piaf, isso porque os produtores acharam, com razão, que ninguém conseguiria interpretar as músicas com tamanho talento.]
A não-linearidade, nos leva cada vez a um momento diferente da vida de Edith, mas o resumão é esse: Edith, filha de uma mãe alcoolatra, é abandonada por esta e passa a cantar com seu pai [que era mágico], pelas ruas de Paris. Até ele ir para a guerra, quando Edith passa a morar com a avó paterna numa casa de carinho (é, num puteiro). Mais velha ela passa a cantar nas ruas denovo, até ser contrata por seu primeiro mentor, Louis Lepleé (Gerard Dipardieu) a quem chama de papai. Com a morte dele , ela volta às ruas, mas logo é re-descobrida, e encontra o sucesso. Mas não pense que o dramalhão acaba por aí. Edith, que nunca teve muita sorte no amor, se apaixona loucamente pelo boxerador casado Marcel, mas este morre num acidente de avião quando ia visitá-la em Nova York [sim, ela morou por lá uns tempos, mas nunca aprendeu a falar inglês.] Aliás, a cena em que Edith descobre que Marcel morreu é uma das mais poderosas do filme. Digo, "umas das" porque todas as cenas das performances de Piaf são lindas. Marion consegue passar a mesma paixão que Piaf passava no palco.
Preciso dizer, que esperei o filme todo para ouvir "Non,Je ne Regrette Rien". A música só chega no finzinho depois de vermos a cantora passar mal no palco algumas vezes, sua garra para voltar a cantar, seu vício e internação em clínica de reabilitação [ela tomava dez doses de morfina por dia]. Depois de tudo, parece que a vida da cantora se resume nessa frase: Non, je ne regrette rien (não me arrependo de nada.). Aliás, é o que ela mesma diz, quando ouve a música, composta por um soldado. A cena final é emocionante:
Tudo para se chegar ao fim, e perceber que:
"Non! Je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal tout ça m'est bien égal!"
Ou seja, "o mal ou o bem, pra mim são iguais". O importante é o grande legado que essa cantora deixou, e isso, ah! isso, o filme mostra muito bem!
Apresentação de Edith Piaf "Non, je ne regrette rien".
Marion Coutillard em Piaf.
Documentado e sacramentado por Mirele às 14:16 0 diretores frustrados se pronunciaram
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Zelig
Zelig (1983)
Woody Allen
Eventualmente esse dia ia chegar, ele só demorou tanto por causa das firulas que eu comentei no post anterior. Mas ele chegou: hoje é dia de Zelig. \o/
Não, esse filme do Woody Allen não está no título do blog porque é o único filme que eu conheço que começa com a letra Z (acossado a zelig, de a à z... sacou?), tem também o... e o... Na verdade não tem nenhum, mas ele não deixa de ser especial.
O filme é um pseudo-documentário, sobre Leonard Zelig, um homem camaleão, capaz de se transformar em qualquer pessoa que esteja perto dele. O filme, passado na década de 20 mostra o a doença e o tratamento de Zelig com a Dr. Eudora Nesbitt Fletcher, por quem ele se apaixona, já que é interpretada pela Mia Farrow (veja bem, a Scarlett nem tinha nascido)
Humor é o que não falta, as situações como o plot já induz (oi? um homem camaleão)são surreais, as mudanças por quais eles passam, as raízes dos seus problemas psicológicos, o relacionamento com a Dr. Eudora. Tudo é retratado com muito humor com doses cavalares de nonsense e críticas aos Estados Unidos dos anos 20 sem deixar de lado as neuroses típicas de Allen e seu ritmo peculiar.
Bom, não há muito mais o que dizer, o filme é bem curtinho e aposto minha coleção do Doinel que vale muito a pena, quem não gostar pode vir cobrar de mim depois.E quem aí tiver o telefone do Sr. Allen, por favor me passar.
Documentado e sacramentado por Mirele às 19:37 1 diretores frustrados se pronunciaram
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Jules & Jim
Bom, esperando a hora de me arrumar pra sair no sábado a noite, animada com minhas unhas vermelhas e a expectativa de me requebrar ao som de bandas indies, eu tenho uma epifania blogueira: faço muuuita firula pra escrever aqui, e nunca escrevo nada. Vide as 10 resenhas aqui postadas em três meses (okay, os números devem estar errados mas a idéia está aí.). Então, como uma Fênix, vou fazer isso renascer das cinzas (oi? adoooro um melodrama). E adoro mais ainda um filme francês. E tem um que queria comentar há séculos, mas nunca tive tempo.
Jules & Jim - uma mulher para dois.
Esse filme de Truffaut, como o título em português nos faz o grande favor de explicar, trata de um triângulo amoroso.
Jules gosta de Catherine, que gosta de Jules e também de Jim e porque não, também de Gilberte.
O filme retrata toda essa lambança amorosa, cheia de idas e vindas, gostos e não gostos. E antes que você odeie a Catherine, como eu odiei, vou falar o que acho que ela representa. O amor.Bom, nós sabemos que como dizia algum filósofo algum tempo atrás nós mudamos sempre, o amor não é diferente, e como Catherine, não é possível saber seu novo capricho.
Então, trocando em miúdos, é isso que o filme faz,mostra as faces do amor: inconstante como Catherine, ou fiel como o de Jules, que assiste à todas as escapadelas da mulher no melhor estilo "quero te ver feliz, e isso que importa".
A relação dos três também é mostrada de forma lírica,[é francês, né?]e é interessante ver como os três se completam, e se entendem muito bem, mesmo na situação em que se encontram.
Sem dizer, que é um filme do Truffaut, e se alguém, não sabe porque eu gosto tanto dele (só perde pro Woody, mas isso é outro assunto), assista! Eu até emprestaria meu DVD, mas já tá emprestado...
Ah, já que virou festa, vai aí uma dica musical: Nouvelle Vague.Banda francesa.Covers em ritmo de bossa nova.
Love will tear us apart (live @ Glasto) - [cara, daria um rim pra ir no Glasto]
Ah, sim! E quando eu aprender a tocar violão, a primeira música vai ser essa:
Jeanne Moreau - Le Turbillon de la vie [repare na letra, nem precisa falar francês pra entender do que ela canta: eeeee, as inconstâncias do amor.]
Documentado e sacramentado por Mirele às 15:35 0 diretores frustrados se pronunciaram
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Os sonhadores
A primeira vez que vi fiquei intrigada, da segunda comecei a entender, da terceira eu amei.
Então vamos ao filme em si.
É bem por aí, mas tem mais. O jovem americano em questão é Matthew (Michael Pitt, o mesmo de Últimos Dias) e as aventuras acontecem quando ele passa a dividir um apartamento com os irmãos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel *oi*
É uma grande prova de amor ao cinema e ao amor em todas as suas formas, até as mais imcompreensíveis.
Cena : A final! Edith faz qualquer um arrepiar.
Destaque: A música, a cidade, as paticipações especias, o figurino, o clima anos 60, enfim: tudo.
Documentado e sacramentado por Mirele às 12:22 1 diretores frustrados se pronunciaram