segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Último tango em Paris



Bernardo Bertolucci


Esses últimos dias foram um pouco atribulados, o que um exame de Mídia não faz com a gente, não é mesmo? E não poderei postar no próximo mês, porque estarei viajando pela Europa e só volto em janeiro, minha gente. Mas fica aqui um último post: Último tango em Paris. nem escolhi por causa do nome


O filme é um drama erótico, pelo menos para os padrões da época, um quarentão americano recém viuvo se envolve com uma jovem francesa, bom vocês sabem onde. A relação dos dois é puramente sexual, e nem o nome um do outro eles sabem.
Esse não é somente o filme da famosa cena da manteiga, mas um filme sobre o escapismo, os dois usam os seus encontros num apartamento sujo para não terem que lidar consigo mesmo e com seus problemas. As cenas são lindas, e tem muito sexo mesmo, mas nada que um filme teen idiota não dê conta.

A cena: A última de Marlon Brando putaquepariu nunca vi alguém atuar daquele jeito.

Destaques: A fotografia, Paris e Marlon .

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Maria Antonieta

Marie Antoinette (2006)
Sofia Copolla

Se você me segue no Twitter vai perceber que eu estou numa vibe bem Marie Antoinette, isso porque estou revendo o filme pela terceira vez.
Esse é o terceiro filme de Sofia Copolla, e de novo trata do universo feminino. O filme não foi bem recebido em Cannes, pois os franceses acharam que ele denegria a imagem da rainha.
Eu vejo as coisas de outra forma, eu acho que Marie Antoinette, mais que um personagem histórico era uma mulher, e nesse filme=ela é retratada como a mulher Marie Antoinette.
A história do filme é bem conhecida, trata-se da trajetória desde que Marie Antoinette chegou à Versailles até o momento que deixa o castelo por conta da Revolução Francesa.
Os fatos históricos estão lá, mas não acho que esse foi a maior preocupação de Sofia, mas sim mostrar como ela passa de menina a mulher num mundo como Versailles. Ela chega inocente, pelo menos é isso que mostra o filme, e incapaz de satisfazer seu marido e os anseios da corte (um herdeiro), ela se vira para suas preocupações e as de Versailles, passa os dias comprando, comendo, bebendo e jogando.
Marie sijoga passa a viver essa vida glamurosa e mostra pouca preocupação com assuntos reais, mas isso não significa que a moça não sofreu: pressão para consumar seu casamento (galëre,demorou 07 anos), perda de filho, e a revolução. O legal é que Sofia mostra uma mulher passando por tudo isso, e não só uma rainha, ela humaniza o personagem e a torna atual, isso com a ajuda da trilha sonora atual (tem até Strokes \o/), all star e festas moderninhas.


A Cena: O aniversário de 18 anos, com Ceremony do New Order ao fundo.

Destaques: A trilha sonora, sou A-P-A-I-X-O-N-A-D-A, a direção de arte maravilhosa (como fas/), Jason Schawartzman, ótimo como o reii bobão Louis XVI.

A vida na corte, o famoso All Star está aí (10 s.):


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Todo sobre mi madre


Tudo sobre minha mãe (1999)
Pedro Almodóvar

Esse foi o filme que projetou Almodóvar mundo a fora, ganhando até o Oscar de melhor filme estrangeiro. Não é por menos, como Volver, esse é um filme síntese de Almodóvar, de novo, tudo está aí.
Manuela é mãe solteira de Esteban, na noite do aniversário do menino ela o leva para assistir "Um bonde chamado desejo". Esteban tenta pegar um autográfo da atriz principal, Huma,mas no meio da chuva acaba sendo atropelado.
Transtornada, Manuela decide ir para Madrid ver o pai do menino para contar de sua morte, lá ela reencontra sua amiga Agrado (um travesti divertidíssimo), e descobre que seu ex- marido, agora Lola, está sumido. Manuela também conhece a freira Rosa, e acaba trabalhando com Huma e sua namorada viciada Nina.
As histórias se entrelaçam de uma forma surpreendente e Manuela mostra toda a sua força e bondade durante toda a história.Um filme lindo sobre mulheres de todos os jeitos," porque todas elas são mães, atrizes, santas ou pecadoras."

A Cena: A morte de Esteban, muito bem feita, realmente de cortar o coração.

Destaque: Agrado, e seu discurso!

Muy autentica:

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Volver


Volver (2006)
Pedro Almodóvar

Ontem não pude postar por preguiça problemas técnicos, então hoje serão dois posts. Comemorem galëre \o/.
Vou falar de dois filmes de um dos melhores diretores da atualidade: Almodóvar.E vou começar pelo seu filme mais recente, e o meu favorito: Volver.

Todos os elementos de Almodóvar estão lá: conflitos nos relacionamentos, universo feminino, um pouco de mistério e cor.
O filme nos mostra a história de duas irmãs, Raimunda, interpretada com perfeição por Penelope Cruz e Sole. Ambas tem que enfrentar seus monstros do passado após a morte de uma tia,o retorno da mãe, e uma outra morte inesperada.
Raimunda passa a trabalhar num restaurante de seu vizinho, enquanto sua irmã convive com a volta da mãe, daí dá-se o mistério: ela morreu ou não? A explicação vem como uma bomba, mostrando toda a trajédia pela qual essas mulheres passaram.
É interessante, como Almodóvar trabalha assuntos tão delicados com tanta destreza, e sensibilidade. Talvez na mão de outro diretor esse filme seria piegas, mas aqui não: há emoção, cor, sensualidade e humor.

A Cena: Raimunda cantando no restaurante, lindo!

Destaques: Aguenta aí que tem muitos:
- Penelope Cruz, ótima e linda, e olha que até esse filme eu abominava a mulher.
- Augustina, ótima personagem.
- Repare numa cena (não posso falar qual, mas vocês saberão) os detalhes Hitchcockianos.
- Diração de arte, linda! Vermelho em tudo.
- O pôster! Achei loooosho!



terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Manderlay



Manderlay (2005)
Lars von Trier

Manderlay é a segunda parte da trilogia de Lars olhacomoeusouintimadele sobre os Estados Unidos, a última parte Washington chegará aos cinemas provavelmente no ano que vem (pronto, Júlia, avisei!).
Como Dogville, não há cenários, e o estilo de direção continua o mesmo.

Depois de ir embora de Dogville, Grace se depara com a fazenda Manderlay, lá o trabalho escravo ainda existe, mesmo com fato de a abolição ter acontecido 70 anos antes.Grace chega na fazenda no momento em que a senhora morre e os escravos ganhariam sua liberdade, comovida pela situação, ela decide fcar no local e ensinar aos escravos como "ser livre". O que Grace não percebe, é que eles já são livres do seu próprio jeito.
O fim é um tapa na cara, Grace não acredita que os Estados Unidos não estejam prontos para receber os negros livres, isso em 1930. Daí, Lars Von Trier nos dá ...

..A Cena: Os créditos finais. As fotos dos negros nos Estados Unidos sob a música Young American, que também fechava Dogville.

Destaques: A cena inicial, vemos o mapa dos Estados Unidos, a camêra vai dando um close (no que seria uma maquete), até chegar no carro onde está Grace e alguém sai do carro. Dou um dvd do woody allen doce pra quem achar o corte.



segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dogville


Dogville (2003)
Lars von Trier


Dogville, okay, é difícil falar desse filme, porque ele está naquela categoria take it or leave it , ou você ama ou odeia. Eu, gostei. Mesmo se o roteiro não for bom, o que não é o caso, ver um filme diferente como esse sempre vale a pena.
Todos sabem que no filme não há cenário, somente demarcações no chão e objetos de cena como no teatro. Vemos cortes bruscos, camêra desfocada, zoons desgovernados, as regras são quebradas, tudo para dar destaque às atuações.
Então, vamos à história. Grace, fugindo de um grupo gangsters se esconde em Dogville, pacata cidade de poucos habitantes, e recebe abrigo de Tom, o filósofo do lugar.
A patir daí, os personagens são apresentados, com todos suas peculiaridades, e vemos como a cidade conquista Grace, como Grace conquista a cidade, e como tudo desanda.
Os habitantes, antes protetores de Grace se voltam contra ela, e ela assiste à tudo pacificamente, mas ninguém é só bom ou ruim, existe dualidade em todos nós e Grace prova isso, "Dogville não merece existir", esse é seu veredicto.
O filme retrata muito bem sua ótima galeria de personagens, com todos os seus defeitos, dualidades, e ironias.


A cena: Grace no caminhão, a cena é linda, repare como parece que ela está sob as estrelas, e por um momento temos, como ela, esperança num final feliz.

Destaque: Paul pegael Bettany, mënines cobissay.A narração, adoro filmes com narração!

Queridos leitores ,assíduos , amanhã tem Manderlay pra galëre.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Antoine & Colette


Antoine et Colette (1962)
François Truffaut
- Média que faz parte do filme "Amor aos vinte anos", que contêm 05 episódios de diferentes diretores sobre o tema.

O média faz parte de uma séries de filmes do Truffaut, que acabou de sair num box imperdível, que acompanha a vida de Antoine Doinel. A estréia do personagem aconteceu no primeiro filme do diretor, Os Imcompreendidos de 1959, um marco da Nouvelle Vague.
No primeiro filme somos apresentados à um Antoine criança, problemático que sem o apoio dos pais passa na casa de amigos e nas ruas de Paris.
No segundo filme, já estabelecido e trabalhando e morando sozinho passamos a conhecer a vida amorosa de Antoine, ou pelo menos, suas tentativas de ter uma.
É a mesma história, Antoine gosta de Colette, Colette só quer ser amiguinha, Antoine não se liga e stolka a menina loucamente.
Com esse filme, Antoine passa a representar algo universal vida de jovens de 20 anos, a rejeição amorosa. A diferença aqui, é que trata-se de um filme de Truffaut, e como tal não falta lirismo, planos lindos, e sensibilidade.



A cena: A cena final, aka, história da minha vida.

Destaque: Jean Pierre Leaud que constrói um dos personagens mais queridos do cinema.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Últimos dias


Last Days (2005)
De Gus Van Sant

Assistir ao filme Últimos dias é um exercício de paciência, assim como em seu trabalho anterior: Elefante, Gus constrói um filme com poucas falas, planos longuíssimos e pouca ação, as quais ainda são repetidas pelos olhos de diferentes personagens.
O boato geral é que o filme retrata os últimos dias de Kurt Cobain, a semelhança do ator principal Michael Pitt, que encarna Blake é indiscultível, mas é difícil dizer o quão fiel à realidade o filme se propõe a ser. Independente de se tratar ou não de Kurt, vemos na tela um homem visivelmente atormentado, sem amigos, e que passa os dias dedilhando guitarras e murmurando sozinho pelos cantos de sua casa abandonada.

Eu sujiro que você se muna de muita paciência e assista, planos lindos, atuação magnífica, tomadas infinitas porém tão bem feitas que fazem o queixo cair, e um retrato sensível de um homem atormentado por si mesmo.


A Cena: Blake tocando enquanto a camêra posicionada na frente da janela vai se afastando.

Destaques: A atuação de Michael Pitt, o som direto bom demais da poha , a imagem passada de Coutney tenhomedoenojinho Love.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Correndo com tesouras

Running with Scissors (2006)
Ryan Murphy

Correndo com tesouras, é mais uma daquelas comédias independentes cools que os americanos inventam de fazer de vez em quando, aliás nem um americano consegue viver só de Farrel/Murphy/Stiller.
Como toda comédia desse gênero, ela atrai um elenco de respeito como Annette Bening e Gwyneth Paltrow.
O filme mostra de forma sensível o que acontece com um menino que tem uma mãe louca que procura um psiquiatra três vezes mais louco para se curar,e rejeitado pelo pai ele acaba indo morar com a família do tal "psiquiatra".
Daí em diante, espere uma galeria de personagens esquisitos, boas atuações, visual retrô, tomadas lindas e boa música.

A Cena: Deirdre (Annette Bening) liga para a escola dizendo que seu filho, Augusten não pode comparecer naquele dia porque tem que fazer luzes no cabelo da mãe. Oo

Destaques: Annette Bening, Joseph Fiennes irreconhecível e aparição relâmpago do pegael que eu não sei o nome, mas fez Pecados Íntimos, dilicia!

O início.

Nessam internet eu já tenho de tudo: Flickr, Orkut, Lastfm, Myspace, Twitter.
Só me faltava um Blog mesmo. Hoje, após uma entrevista para trabalhar com redes sociais, pensei: Por que não?

Eu até tenho um projeto de blog no myspace, já leram? Lógico que não, ninguém lê. Então começei a pensar, sobre o que ele seria??? Publicidade? Nã! Celebridades? Nem tenho paciência o suficiente (apesar que depois do falecimento do papel pobre e modellon estamos necessitados de um blog que gongue celebridades decentes). Ameninades? Já conheço vários muito bons. Música? Um blog inteiro sobre Arctic Monkeys ninguém aguentaria. Filmes? Opa! Tá aí, algo que eu gosto e entendo, pelo menos um pouco.

Não pense que tecerei altas críticas ao roteiro, aos planos ou tomadas usadas. Não sou crítica de cinema, aka, cineastas frustrados. Sou alguém que gosta de ver filmes, falarei brevemente sobre o que vi e o que quero ver, o que é bom e o que é ruim, porque não?


Agora vamos a labuta!

Antes que eu me esqueça, o título de Acossado À Zelig, faz referência não só a dois grandes filmes, mas ao fato de que falarei de todo o tipo de filme, de A à Z. Agora riam de mim da minha piada!