A preguiça me fez pegar pedaços de um trabalho que eu fiz e transformar em um post.
Goodbye, Lenin (2003)
Wolfganger Becker
O filme começa com o episódio em que o pai do personagem principal Alex Kerner, deixa a família
Ocidental. Muito abalada, a mãe de Alex, Christine Kerner dedica todo seu tempo a um novo casamento, desta vez com o regime comunista “Como nesse relacionamento não havia sexo, restava-lhe muita energia para nós crianças e o dia-a-dia sob o regime comunista”, diz Alex que além de personagem principal é o narrador da história.
Dez anos se passam e no dia da comemoração dos 40 anos da República Democrática Alemã (
Os problemas de Alex começam quando sua mãe acorda - ela não pode sofrer grandes emoções, pois isso levaria de volta ao coma -, Alex decide então “criar” em seu apartamento a Alemanha Comunista. A partir daí vemos os esforços do filho para que a mãe não descubra a verdade, para isso ele envolve em sua farsa sua namorada, sua irmã e o namorado desta, e também seu colega de trabalho Denis, um aspirante a cineasta que o ajuda a “fazer” reportagens sobre a finada Alemanha Oriental.
O filme trata de um tema delicado, a queda do muro de Berlim. A história é contada a partir dos olhos de um jovem da Alemanha Oriental, que tenta de todas as formas ir contra essa corrente de mudanças. Enquanto todos os alemães orientais queriam mudar, Alex permanece parado no tempo e se possível queria voltá-lo. Há outro tema principal do filme, a relação da mãe com seu filho, nesse filme ela se encontra invertida, já que é o filho que faz todos os esforços para a mãe.
Para retratar esse período único da história o filme se passa inteiramente
Alex encara sempre essas mudanças de forma positiva: “Os ventos da mudança pairavam sobre as ruínas da nossa república. No verão, Berlim era o lugar mais bonito do mundo. Nós estávamos no centro do mundo onde as coisas finalmente estavam acontecendo” e “A vida em nosso país seguia em ritmo acelerado, éramos como átomos num enorme acelerador de partículas. Mas, ao abrigo do ritmo dos novos tempos havia um oásis de calma. Um lugar pacífico onde eu podia dormir.”.
O diretor usou também a Coca Cola para mostrar essa transformação, assim que o muro cai vemos alguns soldados marchando e uma bandeira vermelha, essa bandeira agora não é mais a que representa o comunismo, mas sim da Coca Cola. O vermelho antes a cor do comunismo, passa a representar o capitalismo, através de uma das marcas mais importantes dos Estados Unidos.
A cena mais significativa dessa mudança e também a mais bonita do filme é a aquela
Na sua última reportagem Alex decide que dará um fim digno à República Democrática Alemã, ele pede para o primeiro alemão no espaço, o cosmonauta Segmund Jänh que agora é taxista encenar para ele um discurso:
“... Sabemos que nosso país não é perfeito, mas nossos ideais continuam inspirando pessoas no mundo todo. Podemos ter, às vezes, perdido de visto nossas metas, mas recuperamos nosso foco. O socialismo não visa o isolamento, mas sim ir até outras pessoas, conviver com outras pessoas. Na visa só sonhar com um mundo melhor, mas fazer acontecer. Portanto decidir abrir as fronteiras do nosso país”.
Assim Alex termina a sua “abertura”, de algum modo ele foi dando a notícia aos poucos para como a abertura pretendida por Gorbatchov. Ele faz uma interpretação subjetiva do que era o comunismo e assim constrói sua própria utopia.
[só foi um ctrl c + ctrl v, mas posso dizer que o Daniel é uma delicinha?]
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