sexta-feira, 14 de março de 2008

Valentin











Alejandro Agresti

Hoje com dois posts curtinhos, porém necessários [já forcei a amizade com o post de Adeus, Lênin!]
Valentin trata do universo de um menino de 09 anos que vive na Buenos Aires dos anos 60 com sua avó,abandonado pela mãe, e com um pai que pouco aparece.O apelo aqui, é a imaginação do menino extremamente inteligente [vai ser a Amelie de calças portenho quando crescer, certeza]. E é do seu modo espirituoso [o menino tem uma maturidade incrível pra idade dele, ou eu não sei como se portam crianças de 09 anos] que ele nos narra sua tentativa de fazer amizade com a nova namorada do pai, a doença da avó [Carmer Maura, do MARAVILHOSO Volver], o seu relacionamento com o próprio pai. As coisas não vão sempre bem para Valentin, ele chega a exclamar "A vida é difícil", mas com sua imaginação e positividade inocente tudo pode melhorar, e Valentin contrói novos sonhos, e esses sim dão certo!
Aliás o filme tem um que de Amelie, incluindo a galeria de personagens secundários, como o vizinho pianista, e as manias do menino, inventar apretechos de astronautas, ou suas falas inspiradas "Não há nada de errado com os meus olhos, é o ângulo que está errado". Aqui a charmosa Paris é trocada pela nossa equivalente Buenos Aires [provavelmente o bairro de San Telmo.]


é o ângulo, Valentin! [fofo]

Eu tenho que pelo menos comentar o show do Interpol que rolou na terça-feira 11/03. Eu nem era muito fã da banda, conhecia o primeiro CD porque [por motivos não claros] o ouvi muito numa viagem que fiz. Na volta, resolvi ir no show, e passei a ouvir os outros dois CD´s [a nível de não ficar perdida como no show do The Killers e me arrepender depois]. O que acontece é que cheguei no Via Funchal sem muitas expectativas [além de babar no Paul Banks], mas fui felizmente surpreendida! O show começou com a ótima Pioneer to the falls, a primeira vez que Banks abre a boca e solta o vozeirão, é inacreditável. Mais felizmente a banda sabe intercalar músicas muito intimistas [como a maravilhosa The Lighthouse] e as animadas como Slow Hands [o povo cantando e dançando geral] e faz um show animado sim, nada de cavaleiros do rock dark indie, ou alguma baboseira assim digna do tosco Lúcio Ribeiro [que eu vi lá por sinal]. No quesito, entrosamento com o público, eles se pronunciam menos que o Arctic Monkeys [é possível!], mas quem conhce a banda sabe que eles estavam se divertindo e Banks ainda soltou um "You guys are fucking awesome". Nem precisava, era só olhar por guitarrista Daniel Kessler, e perceber que eles estavam sim, se divertindo.


Daniel Kessler, foto sofrível, mas a melhor que eu consegui, de modos que ele não fica parado um segundo. [povo de BH corre ver o show amanhã, sério!]








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